Área de treino: Tsuru V. Evangelion

Tsuru Mensagens : 314 Data de inscrição : 20/01/2012

Meus olhos pairavam suavemente sobre uma pequena vila ao sul de Narda, de longe parecia simples e calma, algo que procurava. Estava com a garganta seca devido a longa caminhada que eu havia feito. Tinha atravessado uma enorme montanha nas proximidades da espinha que não havia nenhuma gota de água, o que afetará meus músculos por completo. Eu estava cansado e com a pele ressecada, estava a tanto tempo sem água que nem suar eu conseguia mais. Me arrastei lentamente pela pequena trilha até as proximidades da vila na esperança que lá eu conseguisse água e comida.

Quando estava chegando, pude perceber que a vila estava sendo protegida por um muro. Era feito de troncos com uma ponta para cima. Estavam na metade, por que ainda faltava proteger a outra parte da vila. Os trabalhadores estavam com pressa e seus olhos se cobriam pelo medo._ A guerra chegou até aqui? _. Me perguntei duvidoso, mas acreditava que não, devia haver outra coisa que estava assustando os moradores, a guerra não chegaria tanto ao norte assim.

Atravessei por onde o muro ainda não havia sido levantado, e pude perceber que olhos duvidosos me sondavam, mas ignorei e continuei. Caminhei até chegar ao centro da vila e lá havia uma grande praça e muitos homens treinavam lá. O cheiro do suor, o som das espadas de madeira se chocando e do ressoar dos metais era incrível. Me senti vivo naquele lugar._ Que nostálgico - pensei relembrando dos tempos em que treinava em minha cidade - acho que essa vila será um bom lugar para passar um tempo _.

Ao centro do patio de treinos um homem robusto se portava, ele tinha cabelos longos e negros como a noite, seu corpo era forte e definido e sua cicatriz no olho esquerdo lhe passava uma impressão de experiencia. Caminhei até ele com sutileza._ Com licença _. Disse calmamente._ O que quer _. Perguntou o guerreiro num tom cortante._ Gostaria de saber por que estão treinando _. O homem franziu a testa como se eu fosse um tolo por perguntar-lhe algo obvio._ Ora garoto - disse levantando os braços - olhe a sua volta, estamos em guerra com criaturas que a pouco pensávamos que não existissem. Homens montados em dragões voam a cima de nos - seus olhos sondavam a aldeia ao passo que falava - gostamos da nossa vida aqui, e lutaremos para mante-lá - ele tornou a olhar para mim com uma expressão vazia - ...é por isso que treinamos _. No fundo entendi o que ele queria dizer, ninguém desejará aquela guerra, ela apenas nascerá da ganancia de poucos.

Apertei meu punho para falar, mal o conseguia devido a sede._ Venho de longe e tenho sede, tenho fome e não tenho a onde ir ou para onde voltar - disse calmamente - quero apenas algo para beber, comer e algum lugar para dormir - minha voz ficou mais forte ao passo que falava - que tal você me dar comida, água e abrigo? _. Perguntei calmamente, mas o homem apenas se pôs a rir._ Ora garoto, se desse isso a todos que vem aqui eu estaria com fome e sede também, e afinal o que daria você em troca dessas coisas _. Dizia o homem em tom zombeteiro. Quando me dei por mim, todos estavam nos olhando rindo e ansiosos para ver como aquilo iria terminar, o patio estava silencioso, nenhuma espada se cruzava ou escudo tinia._ Que tal minha espada? _. O homem olhou desconfiado e então sacou a sua própria espada._ Se você souber usar sua espada eu a usarei _. Disse em tom de prazer._ Sim, mas se eu lhe derrotar me dará água, comida e abrigo e em troca disso lhe emprestarei minha força_. O Homem se pós em posição de luta._ Claro, mas "se" me derrotar _. O guerreiro portava uma espada bastarda e a manejava com ambas as mãos. Ele urrou e correu em minha direção fazendo um movimento limpo descendo a espada sobre minha cabeça. Mau consegui desviar devido ao cansaço e a sede, meus músculos ardiam e estavam cansados, mas eu precisava ganhar. Meu coração acelerou e senti o pulsar do meu corpo, aquela doce excitação antes da batalha me alegrava e me dava forças. Saquei minha espada com um sorriso cansado no rosto. Aos olhos daqueles homens uma espada estranha, era uma katana com uma guarda negra, a bainha era ornamentada com cobre em formato de dragão, uma arma para as classes baixas.

Me coloquei de pé e senti o pesar da viajem, tentei desviar de um golpe na direção do meu ombro, mas minhas pernas falharam, então tive que bloquear no ultimo minuto. O golpe pegou em cheio e me lançou para longe, a força do golpe me fez rolar duas vezes, mas me coloquei em posição esticada com uma mão ao chão e parti em sua direção. Lancei três cortes em sua direção, mas ele os parou com uma facilidade incrível. Eu tinha minha katana na mão direita e minha bainha na esquerda e estava cansado, precisava acabar com aquilo rapidamente, então tentei uma estocada, mas foi parada com a arma a lançando para o lado do seu corpo. Meus pés fraquejaram e meu peito foi quase ao chão, mas consegui parar minha queda, só que isso criou uma brecha e o homem tentou uma estocada. Pensei que ia morrer, mas reuni minhas ultimas forças para aparar o golpe com a katana e lançar uma estocada com a bainha. O golpe o acertou em cheio no queixo o fazendo cambalear para trás. Lancei outro golpe com a bainha o acertando no braço e outro com a katana, mas o músculo do meu braço fraquejou e caiu de cansaço._ Só mais um _. Gritei lançando mais uma com a bainha no rosto e um ultimo com a katana que o cortou suavemente o peito o fazendo cair no chão.

Meus olhos mau podiam ver o que estava a minha frente e meu peito estava quase no chão, pois não conseguia mais suportar meu peso, mas pude ouvir._ Sua espada é forte forasteiro _. Aquilo me encheu de orgulho a ponto de conseguir ficar ereto, mas meus músculos doíam tanto que não consegui me mante e cai para trás desmaiado._ Tsuru... me chamo Tsuru _. Disse com minhas ultimas forças

Aelthas Mensagens : 64 Data de inscrição : 09/12/2011

Nota: 4

Narrativa muito boa!

Tsuru Mensagens : 314 Data de inscrição : 20/01/2012

Acordei em uma especie de galpão, haviam varias armaduras e armas pelo salão, mas não havia uma pessoa para me orientar. Me levantei vagarosamente devido as leves dores da luta anterior e pude ver que havia comida e água a minha direita e além disso um copo de hidromel. Manquei alegre até a comida e a devorei sem resmungar das dores. Estava delicioso e quente ainda. O hidromel foi bem vindo para aliviar as dores e acima de tudo para aliviar a mim mesmo. Após comer sai do galpão, me encontrei de frente para o pátio de treinamentos e nele estavam o homem com quem lutei e o grupo de jovens e adultos que estavam aprendendo a manejar uma espada._ Ei novato, venha aqui _. Chamou-me.

Caminhei até lá vagarosamente, mas já estava começando a ficar melhor, afinal meu problema era a fome e a sede._ Venha, vamos ensinar a esses palermas como se usa uma espada - dizia com um sorriso aterrorizante no rosto - me chamo Bran _. Me aproximei e repeti meu nome._ Tsuru _. Dizia esticando a mão.

Após as apresentações fomos ao patio treinar e lá ensinamos estocadas, golpes e defesas aos novatos. Eu lutei com um garoto alto e forte, mas sua espada era fraca e frouxa, embora tenha me acertado uma ou duas vezes no braço quando eu olhava para as mulheres da vila._ Elas ainda irão te matar _. Dizia ele rindo e logo dei-lhe uma estocada no estomago para ficar quieto. O resto da tarde estava livre para conhecer a cidade, então resolvi fazer uma corrida... com pesos. Peguei dois sacos com grãos, algo em torno de 20kg e coloquei nas costas, uma leve ponta de dor surgiu dos meus músculos que ainda estavam desgastados e doloridos, mas ignorei e segui.

A cidade era oval e no centro havia o grande pátio, as ruas eram sempre circulares em volta do pátio. Comecei a correr me afastando do centro, andei até alcançar o muro a qual me encostrei para descansar. Meus ombros e costa estavam doloridos devido ao saco e minha perna devido aos passos longos e pesados, sentia o suor escorrendo e o calor me abraçando, estava realmente quente, mas continuei a caminhar.

Caminhei até o final do muro onde os homens estavam construindo, cheguei lá ofegante de destruído, estava todo dolorido e morrendo de calor._ Ei não fique correndo pela cidade novato, se quiser venha ajudar a erguer o muro _. Gritou um velho homem que estava comandando a construção._ A, claro, por que não _. Respondi esperando uma ordem._ Vê aqueles troncos - disse apontando para uma pilha de troncos longos e redondos - faça pontas em um dos lados deles como uma lança para podermos coloca-los no lugar _. Eu entendi o que ele queria dizer, então apenas fui até lá e apanhei um dos vários machados que haviam perto dos troncos e comecei a bater de lado para fazer as pontas, calculei aproximadamente a distancia necessária para fazer a ponta e bati uma, duas e incessantes vezes até se parecer com uma ponta afiada. Cada batida depois do quinto tronco era uma tortura para os meus músculos, o trabalho durou tempo o suficiente para eu me arrepender de ter começado, mas não fraquejei ou desisti, apenas continuei batendo até o sol tornar impossível o nosso trabalho.

Quando cheguei ao galpão estava completamente cansado e meus músculos pareciam que estavam desfiando._ Deus vou morrer nesse lugar _. Disse comendo um pedaço de pão.

Narrador Mensagens : 61 Data de inscrição : 27/02/2012

Te dou:

Spoiler:

Tsuru Mensagens : 314 Data de inscrição : 20/01/2012

Passava levemente minha mão direita pelas arvores que caminhava. O cheiro da manhã ainda pairava pelo ar._ Preciso me exercitar _. Dizia alongando meus braços e pernas. Após alongar todo meu corpo resolvi fazer agachamento para aquecer meus músculos.

1, 2, 3...50

Meus músculos estavam começando a pulsar e eu os sentia ferver, o suor escorria pouco em meu rosto e minha respiração continuava normal._ Agora preciso aquecer minha parte superior _. Dizia levantando os braços._ O que devo fazer _. Pensei em vários exercícios, mas resolvi ficar com a flexão.

1, 2, 3, 4, 5... 30. Isso não é flexão é abdominal . 1, 2, 3... 50.

Estava começando a ofegar quando terminei as flexões, o suor agora escorria em quantidade maior e minha boca estava começando a secar._ Vou treinar o músculo da cintura e das costa_. Dizia pegando um tronco meio grosso e fazia uma ponta nele, depois pegava outro e me posicionava em frente a uma arvore de lado. Aproximava o tronco com ponta da arvore e afundava ele apenas alguns centímetros nela, então com o outro tronco fazia o mesmo movimento que um jogador de beisebol faz para rebater uma bola, só que eu rebatia o tronco cada vez mais para dentro da arvore.

1, 2, 3. No começo já tinha dado para perceber que seriam necessárias muitas batidas para atravessar a arvore e não era preciso usar muito a mente para perceber que a ponta ia ficando cada vez pior dentro da arvore ao passo que eu batia. 4, 5... 23. Meus músculos estavam todos doloridos, eu já pingava suor, mas não desisti e fui até o final. 24, 25... 67. Quando terminei, meu corpo não aguentava mais, minhas costas davam pontadas de dor e meus braços formigavam. Urrei de dor quando cai no chão cansado.

Havia regressado a cidade, pois já não me aguentava de tanta dor, Bran estava no portão e fazia uma cara estranha._ Que isso Tsuru você esta acabado, estava com quem no mato ? _. Agora eu reconhecia aquela cara aquele troller desgraçado, mas eu ia me vingar, a irmão dele estava saindo da floresta quando bolei meu plano ._ Com sua irmã, nossa ela me quebro, olha meu estado _. Dizia apontando para ela ._ Você pode ser troller, mas eu sou o pai deles _. Pensava saindo de fininho dali._ Maldito, ele fugiu _. Só deu para ouvir os gritos de longe.

O dia estava fresco e meu corpo ainda sentia a dor do treino da manhã, então tive uma ideia louca. Fui até um armazém onde o guarda é mestres em facas e pedi a ele para jogar facas em mim na intenção de melhorar minha percepção._ Qual é vamos lá, aposto que você não acerta nem uma mosca _. Dizia tentando convencer ele, mas sabia que ele acertava até mesmo um mosquito ._ Você vai ver seu maldito, vou te esfolar vivo _. Resmungava se afastando e pegando suas 12 facas._ Vou começar _. Dizia com uma cara de quem estava querendo me matar

Mal me encostei na parede e uma faca já havia voado na minha direção, me esquivei por pouco, pois ainda estava de olhos abertos ._ Calma maldito _. Reclamava olhando para a cara dele ( ) ele era muito feio.

Fechei os olhos e esperei as facas a primeira veio em direção a minha barriga e pude desviar com uma jogada para o lado. Depois desviei de uma em direção a minha cabeça com um agachamento. A quarta faca veio em direção a meu peito direito e foi fácil desviar, mas quando me joguei para a esquerda outra já estava vindo, com os olhos pude perceber._ Uma faca atras da outra _. Tentei desviar, mas não dava, eu já estava indo na direção dela. A faca pegou na minha barriga, mas ele não parou continuou jogando as facas. Desviei de duas que viam a direita, mas não sabia onde, então resolvi abaixar e depois de uma na direção da minha perna, mas essa eu não consegui ouvir ou perceber, quando dei conta a faca já estava lá e uma dor lacerante saiu da minha perna. A adrenalina começava a baixar e agora comecei a sentir a barriga. Quando o treinamento terminou tinha tirado três facas do meu corpo._ Viu como eu acerto _. Dizia o guarda. aquilo foi roubo.

Narrador Mensagens : 61 Data de inscrição : 27/02/2012

Cara, na boa, eu ri demais com a parte do "1, 2, 3, 4, 5... 30. Isso não é flexão é abdominal . 1, 2, 3... 50. " com os memes kkkkkkkkkkkk Edit: Ficou muito bom o treinamento. Portanto nota 5

Tsuru Mensagens : 314 Data de inscrição : 20/01/2012

Meus olhos ardiam por causa da fumaça e do calor, parecia que estava chovendo fogo e sangue naquela noite. O cenário era decorado por chamas e corpos, não havia movimento ou vida, ali restavam mortos, mas vivos apenas eu e um outro militar, apenas dois homens sem alma. Minha mão pairou sobre o cabo da katana._ Não há piedade para aqueles que seguem esse caminho – dizia para o outro homem que segurava uma espada ensanguentada – um caminho turvo e negro sempre o levará a morte, e eu fui escolhido para te guiar até ela _. O som de uma madeira crepitando ao fogo deu início... ao fim.

_ Tsuru... TSURU _. Gritava uma voz. Eu estava deitado em um quarto escuro, mas podia ver um feixe de luz que atravessava a sala. Virei minha cabeça para ver quem estava me chamando, mas não encontrei ninguém. Me lembrei da luta e de que estava de noite, isso significava que eu estava ali a uma noite ou alguns dias já que estava de dia naquele momento. Apoiei as mãos na cama para tentar me levantar, mas me sentia fraco, não fiquei deitado, tentei levantar, mas uma dor horrível irrompeu pelo meu corpo._ Arg... !!! _. Gritei alto tentando segurar a dor. Cerrei os dentes com força para parar de gritar e olhei para o local da dor, havia um corte enorme no meu peito, mas estava limpo e cheio de ervas._ Droga... será... que.... eu perdi ? _. Tentei não pensar nisso, mas nem foi preciso, a dor não deixava.

Todo meu corpo doía e estava quente, com certeza estava com febre. Me levantei cambaleando, mas cada movimento gerava uma pontada de dor._ Onde estou? _. Gemi agarrando uma pá que estava encostada em uma parede para usar de apoio. Caminhei até a porta e a abri, o sol inundou-me os olhos me cegando na hora com seu brilho, quando voltei a enxerga pude ver arvores para todos os lados. Comecei a caminhar, mas cada passo era uma tortura. Depois de uns passos vi uma mulher correndo em minha direção com os olhos arregalados, cabelos despenteados e um lençol todo manchado de sangue. Agitava freneticamente o lençol antes de largar e me agarrar pelo braço. Ela gritava, mas eu não entendia nada, apenas me sentia diferente. Antes de desmaiar olhei o meu peito e entendi o que ela estava dizendo, eu estava sangrando e provavelmente morrendo.

Um barulho persistente me fez abrir os olhos, uma cadeira de balanço se jogava para frente e para traz produzindo um som estranho. Uma mulher estava nela, me lembrei do outro dia e pude perceber que era a mesma mulher. Meu corpo estava enfaixado e um cobertor escondia meu corpo nu. Tentei me levantar quando uma voz soou suave._ Você já esta melhor – disse a mulher – seus cortes secaram e sua febre cedeu _. Ela era linda, tinha cabelos negros e olhos marrons, seu rosto era fino e delicado, ela portava um vestido simples e marrom, mas mesmo naquelas roupas ela parecia nobre.

Ela esperava de costas enquanto eu me vestia com pouca dificuldade minhas roupas._ Obrigado por cuidar de mim _. Dizia para mulher._ Não se preocupe, de certa forma você protegeu a todos que moram por aqui – seus olhos se perderem por um tempo, mas voltaram a fintar-me o rosto – eu vi o que você fez. Lutou bravamente contra todos aqueles bandidos com poucos homens e mesmo depois de todos caírem, continuou lutando sozinho até o fim _. Tentei me lembrar do que aconteceu, mas não conseguia._ Eu...eu falhei ? _. Perguntei em voz baixa._ Por um momento sim – respondeu – mas depois algo mudou em você, algo que ele disse fez arder a vontade em seus olhos e depois você o derrotou com um golpe estranho, então desmaiou _. Ela tinha as mãos pousadas no colo segurando minha katana._ Entendo - disse baixo - Obrigado _. Agradecia feliz e orgulhoso a história.

A casa ficava em uma clareira próxima a um córrego. Estiquei os braços e senti uma dor vinda do peito._ Ainda doí, mas se não me exercitar irei ficar fraco, preciso me mover para melhorar o meu corpo _. Disse a mulher que confirmava com a cabeça._ Afinal, qual seu nome? _. O silêncio pairou por uns segundos até ela se virar para o céu._ Celena _. A reverenciei como um militar._ Prazer Celena, sou o Tsuru, para pagar por seu cuidado deixe-me ajuda-la com alguns trabalhos _. Por um tempo ela relutou, mas logo apontou para um machado._ Se assim deseja, pode ajudar com a lenha _. Disse me reverenciando de volta.

Peguei o machado observando que já havia um pouco de lenha cortada._ Quem corta sua lenha? _. Perguntei enquanto pisava em um tronco de arvore medindo a extensão da lenha._ Eu mesma _. Respondeu botando uma cadeira ao lado para me observar._ Incrível _. Pensei quando dei uma marretada para dividir a madeira no meio. Meu corpo resistiu bem ao primeiro golpe contra a medeira, sem nenhuma dor ou esforço._ Então soldado, se acha esperto? _. Perguntava enquanto eu partia no outro canto a madeira para formar um cilindro._ Bem, eu acho que sim _. Respondi pegando a madeira cortada em forma de cilindro e pondo em pé para poder reparti-la em quatro partes._ Então me responda, o que é que quando a gente fica em pé ele fica deitado e quando a gente fica deitado ele fica em pé? _. Perguntou enquanto pegava uma maçã para descascar.

Elevei o machado até a altura da cabeça e o forcei para baixo, uma fisgada de dor percorreu meu peito, mas não demostrei._ Se é "quando agente fica", significa que todos nos humanos temos, independente do sexo _. Dizia para que ela pudesse seguir meu raciocínio._ Entendo _. Respondeu fixando seus olhos na maçã._ o que fica deitado quando ficamos em pé... - Sussurrei para mim mesmo enquanto partia a madeira agora em trés partes, duas pequenas e uma para ser partida ainda - bem o nariz? _. Disse cortando a ultima madeira.

_ Mas sei que não é ele _. Estiquei meu braço para pegar outra madeira, mas fui interrompido._ Bem, já temos lenha, por favor corte aquela arvore ali para mim, eu mesma posso cortar lenha, mas não posso cortar arvores _. Pediu gentilmente._ Claro _. Respondi me direcionando para a arvore apontada. A arvore tinha quase 5 metros, era grosa e dura, com certeza daria uma ótima lenha. Posicionei-me ao lado da arvore e dei a primeira machadada, uma fisgada de dor aparaceu em meus músculos, talvez pelo tempo sem usa-los, mas aquela dor não em parecia boa._ O que fica em pé quando estou deitado..... _. Pensei dando outra machadada na arvores._ Droga _. Praguejei. Minha cabeça e meu corpo doíam, mas não iria parar de cortas, bati 5 vezes até minhas mãos doerem pelo impacto, era algo comum, mas horrível, aquela dor era junto com a sensação de que quase falhei algo dilacerante, era uma dor emocional e física ao mesmo tempo. As machadadas que se seguiram foram todas feitas com uma pergunta "o que fica em pé...o que fica em pé". Meus músculos se contorceram de dor._ Droga, talvez seja meu limite _. Meus corpo se curvou, mas o contorci para desferir mais um golpe contra a arvore._ A resposta estava na própria pergunta, é o pé _. Gritei de esforço quando meu corpo rodou para cortar a arvore. Cai no chão me contorcendo de dor, senti algo quente no meu peito, havia sangue vazando da ferida, meus uivos podiam ser ouvidos a metros de distancia, aquilo tudo foi tão imprudente, mas eu sorria, por algum motivo eu me sentia feliz.

Aelthas Mensagens : 64 Data de inscrição : 09/12/2011

Nota: 4

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