A glória de um Cavaleiro

O dia começara cedo, as 7:00 da manhã. Tomei um belo café da manhã. Em seguida me banhei e coloquei minhas roupas comuns. Sai para fora de casa, o céu estava coberto de nuvens brancas e cinza claro. O sol ja brilhava no leste. As pessoas da cidade começavam a acordar e sair de suas casas. Fui até meu quarto, peguei de uma pilha de roupas uma calça de lã pesada, para proteção, uma camisa de couro, um manto de cota de malha e um sobretudo negro caso precisa-se me camuflar na noite. Vesti todas as peças, menos o sobretudo. Peguei minha espada e coloquei-a em minha bainha. Coloquei-a em minha cintura. Peguei minha mochila e coloquei alguns mantimentos ali dentro, tal como: Kit para primeiros socorros, uma faca para cortar alimentos, algumas peças de roupas a mais e algumas frutas e pedaços de carne conservados com sal.

"Bem, essa pode ser a ultima vez que vejo minha casa... Não sei o que me espera do lado de fora das muralhas da cidade, nem se voltarei vivo para cá. Vivi alguns bocados de anos por aqui. Não sentirei saudade das pessoas, e nem da cidade. Vou em busca do meu destino. Pra tentar me tornar grande, conseguir glória e se for abençoado, conseguir ouro. Quem sabe ainda não volto e melhoro minha pequena casinha?"

Sorrio para o nada com meus pensamentos e volto a caminhar. Vou a passos lentos e calmos para a saida da cidade. Via as pessoas passando e comentando umas com as outras ao me verem com minha mochila e espada na bainha. Passei pela forja, fiquei a frente dela, olhando-a, provavelmente meus companheiros de trabalho estariam ali já, construindo armas, batendo seus martelos contra um metal que cintilava quente como um pedaço caido do sol em bigas imensas. Criando armas com metais novos, machados, espadas, clavas, lanças, maçãs, entre muitas outras coisas. Eles todos, ficavam somente com uma calça, com o peito nu, escorrendo suor minuto após minuto. Talvez tivessem me visto, até gritado meu nome, quem sabe não sairam correndo atrás de mim para me chamar? Mas nunca saberia isso, em poucos segundos, me perdi no meio da multidão e jamais me encontrariam ali. Continuei meu caminho solitário até o portão, sempre com a mente a distância...

Já era quase 8:30 da manhã quando cheguei na saida da cidade. Atravessei o portão dali e me dirigi sem destino para a imensidão do mundo. Para conseguir glória, deixar meu nome gravado na história, para definir meu caráter e ver o mundo de uma forma diferente. Talvez enfrentar algum ou outro monstro quem sabe. De subito, começei a sorrir e continuei meu caminho em busca da glória.

Spoiler:

Off: Serei seu narrador, é a minha primeira narração então espero que fique legal.

On: O vento estava um pouco forte em Narda naquela manhã, sua proximidade com o oceano fazia com que a cidade fosse acometida por ventos de diferentes intensidades durante quase todo o dia, mesmo assim um jovem saia da cidade com uma mochila de suprimentos e carregando uma espada na cintura, seu nome era Arthur e ele estava partindo de Narda para poder cumprir seu destino e junto com seu equipamento ele levava seus sonhos,coragem e vontade de ajudar as pessoas que estavam sofrendo com a atual situação da Alagaesia. Do lado de fora da cidade os ventos continuavam, o fraco calor emitido pelo sol daquela manhã não era o suficiente para fazer o jovem Arthur suar, mesmo este usando roupas pesadas, durante sua jornada o jovem passa por uma campina onde era possível ver flores dos mais variados tipos e até mesmo pequenos animais como coelhos e pássaros. O jovem caminhou durante a maior parte da manhã e parou apenas para poder beber água,comer e descansar um pouco, ele seguia seu caminho em direção a Teirm,uma cidade que não ficava longe de Narda, então depois de algum tempo ele chegou na entrada de uma grande floresta,ela se estendia desde a base das montanhas que formavam a espinha até quase chegar no oceano, era impossível chegar em Teirm sem passar por ela então o jovem Arthur se enche de coragem e adentra a densa floresta. Em seu interior a floresta era quente e úmida,os ventos quentes vindos do oceano ajudavam a deixar a floresta com uma temperatura mais elevada e com uma densa neblina, Arthur já estava andando por ela a algum tempo e então ele ouviu uma voz grossa que dizia:

- Agora nos diga, o que está fazendo aqui!?

O jovem Arthur se aproxima devagar sempre se escondendo nas árvores para evitar ser percebido e tomando cuidado para não pisar em um galho no caminho, então um outro homem de voz mais calma disse:

- Se não nos falar iremos matá-lo!!!

Ao se aproximar mais Arthur percebe que os homens na verdade vestem roupas negras e estão conversando com um terceiro homem completamente amarrado e com a aparência de que foi torturado,então o homem amarrado olha para os dois homens de preto e diz:

- Eu não sei do que estão falando!!!

Então um deles sacou a espada para ferir o homem,então sem querer o jovem Arthur pisa em um galho na mata e faz um barulho que é percebido pelos homens,então eles olham para o rapaz e um deles diz:

- Quem é você e o que está fazendo aqui? - os homens de preto se aproximavam cada vez mais do rapaz com espadas nas mãos - você é amigo dele?

Então o jovem Arthur se vê cercado pelos dois lados por homens grandes e fortes que não o deixaram escapar para contar o que viu, restando para o rapaz apenas a opção de lutar.

Passei boa parte da manhã caminhando a procura de minha aventura. Para minha sorte, o calor era pouco, o ar estava umido e fresco. Após algum tempo fiz uma pequena pausa, aonde me sentei no solo, comi pão com manteiga, uma maçã e alguns belos goles de água fresca. Depois disso, voltei a minha longa jornada. Cheguei no topo da colina. Lá fitei o horizonte e fiquei só com os meus pensamentos. Como seria minha vida a partir daquele momento? Não saberia se ficaria vivo por mais cinco, ou dez minutos. Muito menos por quantos anos. Não saberia nem dizer quanto tempo passaria na estrada, em busca de glória. Mas uma coisa alimentava minhas esperanças: Meu sonho, me tornar uma lenda. Salvar as pessoas sem dúvida é uma coisa que deixa qualquer um feliz. Quem sabe quais surpresas não encontraria no caminho? Uma coisa sabia: O ar estava cheirando a aventura! E uma grande aventura viria! Provavelmente desafios também, mas se não viessem, qual seria a graça?
Após algum tempo, me vi a frente de uma densa floresta. O lugar tinha o calor elevado, a umidade também. Uma densa neblina se estendia a minha frente e lados. O caminho não era muito dificil de se percorrer. Infelizmente, se ouvesse mais alguém ali, poderia ser facil ser pego em emboscadas ou armadilhas. Empunhei minha espada e continuei o caminho, sempre atento ao solo e em todas as direções a fim de evitar que fosse apanhado. Fiquei um bom tempo tranquilo e avançei bem por entre a floresta.
Subitamente ouço vozes ecoando por entre as arvores:

- Agora nos diga, o que está fazendo aqui!?

Meu coração dispara, sinto medo de primeira, mas logo o sentimento muda e torna-se um súbito ataque de furia. Só pensaria em me defender e matar se fosse preciso. Cerro meu punho em torno da espada e espero que alguém me ataque. Então penso:

"Merda, me viram! Agora, que os deuses me abençõem, e que tenham misericórdia de mim. Pois não terei deles!"

Logo ouço outra voz:

- Se não nos falar iremos matá-lo!!!

Me espreito por entre as árvores e vejo que os homens não falavam comigo, e sim com um terceiro. Que logo diz:

- Eu não sei do que estão falando!!!

Então um deles sacou a espada para ferir o homem. Começo a me mover para o lado e piso em um galho. Os dois se viram e me veem.

Quem é você e o que está fazendo aqui? - os homens de preto se aproximavam cada vez mais do rapaz com espadas nas mãos - você é amigo dele?

Eles ja estavam se aproximando. Sabia que não me deixariam escapar depois de ter visto o que vi. Argumentar com eles seria burrice. Tento manter a calma, mas isso é dificil quando dois homens empunhando armas veem em sua direção. Olho para minha lâmina e sinto um alivio e sinto meu corpo tomado pela coragem. Olho para eles e digo

- Meu nome pouco importa. E Não, não sou amigo dele! - fito bem o rosto dos dois - e provavelmente não me deixaram ir embora com vida não é? Portanto, venham!

Ergo minha lâmina e fico em posição defensiva esperando que eles me ataquem.

O calor dentro da floresta começava a se mostrar, com toda certeza a temperatura ali era bem maior do que em campo aberto, mesmo assim o jovem cavaleiro Arthur suava por outros motivos,ele estava cercado por inimigos que queriam matá-lo, então um deles deu um sorriso sarcástico e disse:

- Você é muito burro de vir aqui garoto agora irá morrer!!

Então em um ataque combinado os dois homens de vestes negras vão em direção a Arthur, o homem da esquerda tenta cortá-lo com a espada na altura do pescoço e o segundo tenta cortar o jovem guerreiro na barriga, para tentar impedir que ele salte ou que se abaixe para desviar dos ataques.

Olhei-o. O medo golpeia mais profundamente que as espadas, pensei, tenho que ser mais rápido que ele, pensar antes dele e atingi-lo antes que ele perceba que me movi. Olho-o nos olhos e vejo que ele viria a tentar me atingir com uma estocada. Teria de ser rápido para evitar o golpe. Olho para os lados para ver se alguma coisa poderia me ajudar. Se visse um galho tentaria joga-lo no homem a fim de distrai-lo. Tento girar meu corpo e cortar-lhe a panturrilha, se conseguisse, de certo ele cairia no chão sem conseguir mover a perna, além de perder muito sangue devido ao sangramento. Mas ele era experiente e provavelmente teria uma carta na manga. Olho-o nos olhos e tento cravar minha espada em seu trapézio (Parte entre o ombro e o pescoço) se conseguisse atingi-lo no local, ele não conseguiria mais empunhar sua espada e perderia muito sangue, desmaiando ou morrendo.