A era dos cavaleiros e seus dragões está de volta
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 A tormenta do Silêncio

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2 participantes
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Luthien
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Luthien


Mensagens : 27
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MensagemAssunto: A tormenta do Silêncio   A tormenta do Silêncio EmptySeg Jan 16, 2012 8:16 am



O dia estava ensolarado. Os feixes de luz que atravessavam as copas dos imensos pinheiros de Du Weldenvarden deixavam isso a imaginar. Pássaros das mais diversas espécies cantarolavam qualquer coisa longe de visão, era algo bom acordar ao som das intensas e longueiras orquestras de pios. Afastada das outras moradas estava Irene, com sua expressão dura e desprovida de sentimentos cravada no rosto pálido. Ao lado de sua casa-árvore se localizava sua oficina, onde ela já parecia estar antes mesmo do sol desabrochar por detrás das montanhas. A elfa teria escolhido ser ferreira, estranho para alguns, mas para ela nada mudou. Noite e Dia se ouvia a distância o intensivo bater de um martelo em metal puro, e hoje não seria exceção. Irene estava lá, no casebre de madeira velha, batalhando contra o aço e de porta fechada. Não parecia querer trabalhar hoje, se é que alguém ia pedir os serviços do "elfo monstro". Os olhos prateados da moça se cintilavam ao som dos objetos se colidindo e do chamativo braseiro, que parecia mais iluminado que o próprio sol. Fios de suor escorriam da testa dela, e dois deles se uniram ao escorrer por entre os medianos e endurecidos seios, que se apertavam contra os trajes negros amarronzados e encourados que ela usava para o oficio. A cada martelada dada, sua boca se apertava, seu corpo ficava rígido como as árvores que a cercava, e seus olhos mortos se enrugavam. Era difícil decifrar oque a moça sentia, as únicas reações que tinha eram as do impacto.

Quando parou de martelar, ela pegou a lâmina em uma espécie de pinça gigante, e segurou a espada que ardia em fogo vivo. Ela parecia ter saído de um conto, um tom azul metalizado e runas e símbolos tomavam conta da magnífica lâmina. Irene olhava-a, vislumbrando a beleza em suas mãos, e segue até um grande barril de água pura. A moça mordisca os lábios e afunda a espada, enquanto o vapor se liberta para cima, criando uma imensa nuvem acinzentada sobre a cabeça de Irene. O aço gritava dentro da água, pequenas bolhas foram geradas pelo calor, e rapidamente sumiram. Irene se mantinha forte, segurando a pinça e com os olhos focados no barril. Ela contorce a boca ligeiramente, parecia dizer algo que apenas ela poderia ouvir, e com um subido movimento, ela puxa o aço azul e bonito, mas não resistente. A espada que ainda saia fumaça, foi se trincando da extremidade ao punho e no mesmo instante se desfez em cacos cintilantes no chão. Irene apertou os dentes e os rangiu, e um brilho nos olhos a alcançou, ela parecia deixar uma lagrima desabrochar, mas se segurou e se conteve apenas com um chute em uma parte do aço, que terminou de despedaçar.

Parecia ter dias que ela não saia daquele lugar quente, e quando abriu à porta uma brisa gelada bateu diretamente em seu rosto e a fez arrepiar, enquanto alguns fios de seus cabelos brancos iam e vinham para trás, se esvoaçando. Com um leve suspiro, ela avança, e passa a mão esquerda sobre a testa, limpando o suor dos dias perdidos trabalhando. Aquilo parecia ter acontecido outras vezes, ela não estava desapontada o bastante para alguém que perdeu tanto tempo e tanta esperança em pedaços de metal azul, agora jogados fora.

Com um forte empurrão Irene abre a porta de sua casa e observa de lá mesmo o local, não entrando. O ambiente estava escuro e granulados de poeira voavam no ar entre os fracos raios solares que passavam pela cortina furada. Ela entra e fecha a porta, pegando uma fruta avermelhada sobre a mesa e a mordendo com súbita gula, devorando-a rapidamente enquanto um fio de sumo atravessava sua boca chegando até queixo, e pingava. Seguidamente ela começa a desprender os feixes e fivelas que uniam as partes de suas vestes, deixando uma trilha de roupas no chão até chegar ao quarto, onde a escuridão era mais profunda. No local, Irene ascendeu lamparinas suficientes para iluminar o cômodo, e se dirige para uma banheira de madeira ao lado da cama, onde comportava água gelada e limpa, coberta por um pano negro. De imediato ela puxa o pano e com movimentos suaves vai entrando na água. Quando coloca o pé direito um arrepio a domina, mas ela prossegue, se afundando vagarosamente e deixando se levar pelo confortável frio. Quando a água encosta sorrateiramente em seu sexo, seus mamilos se endurecem e Irene fecha os olhos e aperta os lábios dando um suave suspiro, terminando de se afundar. Seu braço esquerdo fazia movimentos contínuos debaixo da água, provocando calmas ondulações, ela abria os lábios finos e soltava leves gemidos enquanto parecia se eletrocutar, tremendo, tomando leves choques de prazer, ou fazendo movimentos para frente e para trás, enquanto o braço esquerdo se mantinha submerso entre suas pernas frouxas e o direito tocava, apalpava, beliscava e apertava o seio esquerdo. Enquanto o ritmo aumentava cada vez mais entre os gemidos mais sonoros e o rosto corado da moça, que parecia esquecer toda a humanidade naquele momento, igualmente sua pose e rigidez. Aquilo poderia ser um sinal, ela poderia sentir algo, mesmo que fosse por ela mesma.

Os pássaros subitamente pararam de cantar, mas ela nem sequer sabia que eles estavam cantando.

Post I/??
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Tsuru
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Tsuru


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MensagemAssunto: Re: A tormenta do Silêncio   A tormenta do Silêncio EmptySeg Jan 16, 2012 11:43 am




Irene saía da banheira e se dirigia até o seu armário onde apanhava algumas roupas. Ela se vestia graciosamente e penteava o cabelo, mas foi interrompida por longas batidas fortes na porta, ao abrir encontrou um dos batedores dos elfos._ A parte norte da floresta está sendo atacada - dizia com uma voz fraca e com grandes bufadas de cansaço - me mandaram conseguir o maior numero de espadas que eu pudesse - seus olhos estava apressados olhando para todos os lados freneticamente, o medo estava visível em seu olhar - sua espada está com agente ? _. Perguntava o elfo. A primeiro a elfa achou que ele queria armas, mas logo percebeu que o que ele realmente queria era a sua força.

A noite ainda se impregnava pelo céu dando um ar de medo a floresta, os olhos de Irene vagaram com sigo mesma, ela tinha que decidir ali, se ia ou não arriscar sua vida.






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Luthien
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MensagemAssunto: Re: A tormenta do Silêncio   A tormenta do Silêncio EmptySeg Jan 16, 2012 1:05 pm

Irene se surpreendeu ao ver alguém bater a porta, e ainda mais com a informação dada pelo batedor elfo, que cheirava a medo e desespero. Ele parecia apressado, olhando para todos os lados onde a visão o possibilitava, ele temia algo, isso era óbvio. Ao mesmo instante que cuspia as palavras para seguir adiante e achar mais voluntários para guerrilhar, Irene, já vestida formalmente com seus trajes encourados, ficava lá, com a expressão dura, mas estava calma e com um súbito desejo de perguntar mais, porem não fez. Esperou ele terminar de falar, e o respondeu apenas com um aceno rígido com a cabeça, fechando a porta em seguida, ignorando se ele ainda estivesse lá ou não. "Devo proteger minha casa, minha honra fala mais alto que minha falta de cordialidade..." Com a reflexão dura, ela avança com passos rápidos até chegar ao quarto, onde com um pouco de esforço empurra a banheira para o lado, e do local onde a mesma estava se revela um alçapão escondido. Irene pega um dos lampiões acesos, e adentra no misterioso local, onde as paredes eram de pura terra e raízes invadiam o cômodo secreto. Com um olhar rápido ela acompanhava a pequena chama sobre as mãos, até achar apalpando a meia escuridão, um armarinho de madeira totalmente podre, abrindo-o. No mesmo instante, a porta escurecida pela velhice cai no chão, mas ela ignora, apenas afundando a iluminação dentro do móvel e procurando a arma que pretendia usar. Entre olhares rápidos e reluzentes lâminas, Irene puxa uma espada embainhada. Uma magnífica Espada Agincourt, porem simples, que ela tinha forjado. Em seguida a prende na cintura, no cinto que trajava e já portava três punhais, com mais um em cada bota. Depois de se armar ela para, e sopra a sua fonte de luz, se mantendo ali por alguns segundos, talvez refletindo os seus planos, se é que já tinha um. Irene, então, decidiu avançar. Sai com um pouco de pressa de sua casa, apoiando á mão esquerda sobre o pomo redondo da arma.

No instante em que colocou os pés para fora ela olhou em volta, procurando o desconhecido, em seguida olhou para cima, buscando alcançar as copas daquelas centenárias e mágicas árvores que se balançavam sobre o véu negro da noite, os olhos dela brilhavam na noite, e pareciam tomar uma forma dourada quando a lua os refletia. Então Irene se decidiu, e deu o primeiro passo, o passo para a guerra, o passo para o medo, o passo para a escuridão, não importava, ela ia acabar no caos de qualquer forma.


Post II/??
OFF: Me desculpe pelo conteúdo, e seguirei as dicas. Aproposito, como faço tabela como você fez para dar as dicas e a observação?
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